domingo, 10 de maio de 2015

SOU MULHER...

COMO A NATUREZA

Decifro-me para ti aos poucos
Mostro minhas formas
Meus rostos
Tudo que adoras.

Não te encherei de filosofias
Porque não as tenho.
Tenho sentidos e fortes intuições
Que sigo de corpo e alma
Sem razões…

Porque a razão nem sempre me satisfaz.
Sou como a mãe natureza
Sou fugaz.
Minha certeza é passageira
Amanhã já não sei mais.


Um dia sou caçadora
No outro posso ser caça.
As estações passam
A lua muda
Como eu haverei de ser a mesma?
Sabes que não sou…

Hoje sou tua.
Posso ser amanhã também.
Mas sempre serei minha…
Pois sou como a natureza
Mesmo que me arranquem todas flores
Não deterão minha primavera.

Eu nasci para exalar
Toda beleza, todo amor.
Toda vida que há em mim
Sou mulher, flor.
Sou montanha
Pedra e espinho.
Sou assim, sempre assim.
Do mundo
Tua
De mim.

_________________-Carolina Salcides.

sábado, 9 de maio de 2015

SORRISO tysunâmico:

 
Que saibamos fazer florescer
 um sorriso
 em cada ser que encontrarmos pelo caminho...
e que em cada ação,
 pensamento ou palavra; 
que a bondade e a doçura sejam nosso melhor guia!!


Mãe, MULHER!

Mães não têm asas, porém são anjos,
povoam o universo e têm tenacidade.
Trazem a doçura dos belos arcanjos,
enfrentam sacrifícios com tranquilidade.

Suas mãos têm perfume de flores,
e o hálito o aroma do jasmim.
Seus filhos são seus maiores amores.
Sem eles, suas vidas não têm cores.

Seus sorrisos são pura candura
e têm no olhar uma centelha divina.
Alimentam seus filhos com muita ternura:
com eles, brincam como menina.

Para mim sou grande; mas, para ela pequenina
Sou adulta mas para ela sou menina
Quando olha pra mim seus olhos brilham
Um amor feito de sonho De alegria e de esperança
Se estou junto dela sou criança
O mundo é muito mais bonito
Sem pecado e sem perigo
E ninguém no mundo vai gostar de mim Como ela gosta
Se eu estou errada ou certo não importa
 Na alegria ou na tristeza ela está sempre comigo
Na hora do prazer me lembro dela
Mas na hora da tristeza e da saudade
É meu abrigo. Por mim ela não mede sacrifícios
Pode parecer difícil que alguém ame desse jeito
Acontece que ela é a minha mãe
E mãe é sempre assim
Mãe, palavra que Deus inventou
Um anjo que à Terra chegou
 voando nas asas do amor
Mãe, palavra mais doce que o mel
Talvez um pedaço do céu
Que Deus transformou em MULHER!

sábado, 2 de maio de 2015

MÃE:não morre nunca!

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.




Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drumond de Andrade

MÃE: Parceria invejável com DEUS

LUÍZA, A MULHER QUE NOS ENSINA.
Luíza é o seu nome. A dor que sente não tem nome. Brota das razões mais secretas da alma. Coisa de mãe, coisa de gente que soube recriar o mundo a partir do próprio ventre. A maternidade coloca as mulheres numa parceria invejável com Deus!
Luíza contou-me rapidamente sobre sua dor. Eu não pude ver os seus olhos, mas pude escutar sua alma.
O seu filho de 30 anos, médico, oficial da marinha estava morto. Vítima de uma fatalidade, perdeu a vida ao atravessar um cruzamento em Florianópolis.
Depois que ouvi Luíza eu fiquei pensando no mistérios das perguntas que nos rondam, toda vez que a dor vem nos visitar. 
Fiquei tentando entender o quanto deve ser difícil para uma mulher ter que protagonizar a imagem da Pietá, a virgem que segura o filho morto nos braços, aos pés do calvário.
Recolher o filho do chão, aconchegá-lo ao colo e despedir-se dele definitivamente.
A crueza da cena é uma proposta ao silêncio. Arranca-me do mundo das palavras, das respostas prontas e faz-me sentar ao chão, ao lado da mãe, para que eu possa ouvir sua respiraçao ofegante de dor.
Arranca-me dos meus livros, da minha Teologia sistematizada e convida-me a sujar-me na terra do calvário, onde o sangue do filho mistura-se às lágrimas da mãe. 
Mistura diferente daquela que o trouxe à vida, quando o seu sangue circulava dependente do sangue da sua primeira mulher. 
Lágrimas diferentes de tantas outras já derramadas. Lágrimas de alegria por ver o filho dar os primeiros passos; lágrimas de preocupação em noites em que ele demorava voltar pra casa. Lágrimas de vitória, quando em noite especial e de gala, aquele garoto crescido, que até tão pouco tempo lhe confiava os joelhos esfolados de futebol, de quedas de bicicleta, agora estava pronto para medicar as dores do mundo.
Um filho especial, como ela mesma me confiara. 
Luíza e sua dor. Luíza e suas saudades. Luíza e suas lições.
Fiquei pensando nas minhas pequenas reclamações. Nos cansaços diários que me desiludem e que me despregam da alegria. Pensei no coração de Luíza e quis deixar de reclamar da vida.
O meu sofrimento perde a sua força quando eu o coloco ao lado dessa mulher. E nisso já está a ressurreição do seu filho. Esta dor nos ensina e nos coloca no rumo da sabedoria. Da mesma forma que Maria nos aponta para o sofrimento de Jeus, para que entendamos o nosso sofrimento.
Maria e Luíza são mulheres parecidas nesta hora. Ambas embalaram o filho morto nos braços. Canções de ninar secretas foram entoadas nos silêncios dos lábios. 


O choro de mãe é oração que tem o poder de mudar o mundo. Só precisamos parar para ouvir...
Hoje, no silêncio de sua dor, pare para pensar no sofrimento de Luíza. Exercite-se na proeza de esquecer o que lhe aflige, e recorde-se dessa mulher que desconhecemos o rosto, mas conhecemos a dor. Ela tem muito a nos ensinar. Ela é um livro que pode ser lido sem palavras. Ela é um testemunho vivo de que na vida, mesmo nas perguntas mais doídas, há sempre uma esquina que pode nos dar outras opções, além da morte.
Na prece silenciosa que essa mãe nos desperta, permaneçamos.
Amém.
Pe. Fábio de Melo

MÃE



Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.



Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino
de ser mãe
Em ti está presente a humanidade.

Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer
e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.
CORA CORALINA